domingo, 28 de outubro de 2012

NEOCLASSICISMO E ROMANTISMO


NEOCLASSICISMO E ROMANTISMO
            O estilo neoclássico do século XVIII (1750 1820) veio contestar as fórmulas do Barroco e do Rococó, ao retomar como base a antiguidade clássica e fazer uma releitura da temática Greco-romana com a visão do novo século.
            Os ideais iluministas defendidos por Voltaire, Rousseau, Montesquieu e Diderot, que incluíam liberdade e igualdade para todos os homens, com base na razão, influenciaram a arte. Assim, a renovação do clássico estava apoiada em três bases: razão, ciência e técnica.
            A arte neoclássica foi apoiada tanto por Luís XVI quanto por Napoleão Bonaparte, que se dizia descendente direto dos césares. Com i Império de Napoleão e a Revolução Francesa, a arte respeitou os interesses da burguesia manufatureira e mercantilista. O pintor oficial da corte de Napoleão foi Jacques-Louis David, que retratou a Revolução e o Império.
            A arquitetura ficou marcada por traços de ostentação.
            Na música, os compositores passaram a buscar a perfeição da forma e sua pureza por meio da técnica. Os compositores mais importantes foram: Haydn (1732-1809), Mozart (1756-1791) e Beethoven ( 1770-1827).
DAVID,Jacques-Louis.
                                                                O Jurameto dos Horácios  1784.

                        NO BRASIL
            Esse estilo apareceu no Brasil em 1816 e permaneceu até o início do século XX D. João VI pediu à Missão Artística Francesa que viesse ao Brasil e instituísse o ensino oficial das artes em terras brasileiras. Vários artistas que formavam essa missão eram neoclássicos.
            Na pintura, destacaram-se: Pedro Américo, Victor Meireles, Araújo Porto Alegre.
            Na escultura: Augusto Maria Tonay, Hildegardo Leão Veloso e Rodolfo Bernadelli.
            Na arquitetura: José de Magalhães e José Maria Jacinto Rebelo.
            Na música: D. Pedro I e Francisco Manoel da Silva.
            No auge do Neoclassicismo, passou-se a aceitar o belo como um ideal, único, absoluto e divino, devendo ser igual para todos, fixo.
AMÉRICO,Pedro. Batalha do Avaí 1872-1877

            As representações no Romantismo (1790-1850) passaram a exprimir emoções comuns a todos os homens. A emoção predominou sobre a razão, fazendo surgir o individualismo. O artista passou a expressar as próprias idéias. Contrariando o Neoclassicismo, os artistas não se interessavam em imitar a obras clássicas. O Realismo surgiu nas reconstituições de fatos históricos ou contemporâneos para retratar, ilustrar e garantir o registro desses fatos para a posteridade. O  homem assumiu uma posição de superioridade na natureza, então muito representada.
            No estilo romântico, o belo deixou de ser universal e assumiu caráter individual e transitório. Individual porque surgiu de uma relação do artista com a obras e, ao mesmo tempo, do espectador com a obra. E transitório porque o pensamento que vigorava era o da revolução e transformação quer da natureza, que da sociedade.
            Na pintura, a composição tornou-se mais livre, a cor passou as ser usada com mais audácia, com predominância do vermelho, contrastes de luz e sombra, pinceladas livres e irregulares com tinta empastada.
            Os principais artistas da pintura foram: Constable, Turner, Dlacroix (1798-1863), Gericault (1791-1824), Daumier e Goya.
            Na escultura, surgiu o movimento com o alto-relevo. François Rude (1784-1855) de David d’Angers (1788-1856) foram seus representantes.
            Na música, pode-se  apontar Schubert (1797-1828), Schumann (1810-1856), Chopin (1810-1849), Berlioz (1803-1869), Wagner (1813-1883), Brahms, Mendelssohn, Grieg, Verdi, Carlos Gomes, Strauss, Beizet, Puccini, Rossini, Gounoud, Tchaikovski e Liszt.
DELACROIX,Eugene. Árabes em escaramuças nas montanhas. 1863.
            PARA REFLETIR
NOMEIE AS DIFERENÇAS PERCEBIDAS ENTRE A ESTÉTICA NEOCLÁSSICA E A ROMÂNTICA.
COMO VOCÊ DESCREVERIA UM ALTO RELEVO?

Texto extraído do livro Arte e caminhos: metodologia; ensino fundamental /Cíntia Maria Honório . – Curitiba: Base Editorial,

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